EXTRATO AGOSTO
O mês de Agosto foi marcado por muita turbulência nos mercados financeiros, com impacto relevante para países emergentes, especialmente no câmbio.
Nossa moeda se desvalorizou 10% frente ao dólar no mês, acumulando no ano, 25% de desvalorização. Apenas parte deste movimento, ao nosso ver, pode ser explicado pela contaminação das crises de Turquia e de nossa vizinha Argentina. No mercado local, a incerteza política é o fator que contribui para a deterioração dos mercados, à medida que nos aproximamos da eleição.
Muita volatilidade é o que podemos esperar para as próximas semanas, diante da indefinição dos nomes que irão para o segundo turno. Os mercados vão oscilar de acordo com a divulgação de pesquisas, que serão seguidas de grande especulação sobre os possíveis resultados.
Já notamos claramente uma redução de risco nas carteiras dos principais fundos multimercados “Macro”, que optaram por se posicionar de forma mais conservadora com relação ao Brasil e alocar mais risco para teses de investimento em outros países. Este comportamento produziu no mês de Agosto, um resultado muito disperso nos fundos desta categoria. Gestores com posições mais defensivas com relação ao mercado local tiveram boa performance.
Já as carteiras e fundos com maior concentração em renda variável, de forma geral sofreram com as perdas no mercado de ações – o Ibovespa perdeu 3,2% no mês.
Diante de tantas incertezas, só nos resta recomendar cautela na alocação das carteiras de investimento e atenção total ao desenrolar do cenário eleitoral.