COMENTÁRIO OUTUBRO | 2019
Outubro foi marcado por uma melhora continuada nos preços dos ativos financeiros globais e por aqui o reflexo foi ainda maior, pela contribuição dos fatores locais. No front internacional, a ausência de novas tensões comerciais entre EUA e China, somada ao possível desfecho favorável ao Brexit no Reino Unido, formaram condições para valorização positiva das principais bolsas e enfraquecimento do USD em geral. Na última semana do mês, o FED reduziu em 0.25% a taxa básica de juros nos EUA e adotou um tom de maior flexibilidade para 2020, monitorando a evolução dos dados de atividade e inflação para agir, se necessário, de forma mais firme no decorrer do próximo ano.
Também no dia 30, o COPOM reduziu a Selic para 5 %, sinalizando uma nova redução até o final do ano, para 4.5%. Não descartamos novas reduções ao longo de 2020, para 4%. Sem pressão inflacionária e com retomada de atividade em ritmo lento, a chance de termos taxas de juros em níveis baixos por um prazo longo é muito grande.
Vale observar que estamos diante de um novo modelo de crescimento, no qual os impulsos vêm da iniciativa privada e não da máquina pública. O papel central da área econômica do Governo será o de criar condições para o investimento em infraestrutura e retomada industrial. Neste contexto, será fundamental concentrar as alocações em gestores capazes de analisar de forma aprofundada, quais setores serão os maiores beneficiários no próximo ciclo de crescimento que está por vir.
O Sastre Livre, em Outubro, apresentou uma rentabilidade de 1,27% conseguindo capturar boa parte da alta do Ibovespa, da queda dos juros e da apreciação do real. No ano, o fundo acumula 8,66% contra o CDI de 5,17%.
Com praticamente todos as estratégias performando bem, os destaques positivos entre os Multimercados Macro ficaram para Bahia, Legacy e Exploritas. Dentro do esperado, Gávea foi o destaque negativo por ter posições contrárias.
Na estratégia de ações, destaque para Logos (+8,15%), além de Equitas e Apex, que superaram o Ibovespa. Na estratégia Equity Hegde, destaque para o Solana, que também foi muito bem.
Cabe fazer um registro importante sobre o Sastre Livre, que completou 24 meses de histórico. Neste período, o fundo registrou 17,72% contra 13,13% do CDI (equivalente a 135 % do CDI)!