COMENTÁRIO AGOSTO | 2019

Agosto foi marcado por grandes oscilações nos mercados, que apresentaram de forma geral uma piora nos preços dos ativos.

O aumento da tensão comercial entre EUA e China promoveu um fortalecimento do dólar com relação às principais moedas internacionais, além de nova valorização do Ouro, indicando que investidores continuam em busca de proteção diante de um cenário de provável desaceleração das principais economias desenvolvidas.

Conectados e interligados aos movimentos globais, sofremos estes impactos no mercado local, principalmente pelo efeito da desvalorização do real, de quase 10% no mês. O resultado das prévias eleitorais na Argentina, contrariando as expectativas da maioria dos agentes de mercado, além de gerar uma perda de valor muito pronunciada dos ativos daquele país, (o índice Merval se desvalorizou 48%) também contribuiu negativamente por aqui.

No final do mês, uma notícia boa sobre o PIB do segundo trimestre, que cresceu 0,4% (as expectativas giravam em torno de 0,2%) trouxe um alento e um certo otimismo sobre a recuperação da atividade. Nos parece que à medida em que surgem dados positivos sobre crescimento, emprego, inflação, taxa de juros e privatizações, menos importância o mercado dará para ruídos políticos e deslizes promovidos no âmbito do poder Executivo.

As carteiras de investimento com alguma alocação a ativos de risco tiveram performances bastante variadas, pois entre fundos da mesma classe, foi possível observar alguns com desempenho muito positivo e outros no campo negativo. Foi assim para os multimercados, para os fundos de ações e para os fundos long and short.

Os fundos com exposição em Argentina, sofreram bastante. Por outro lado, os fundos com posições compradas em dólar, tiveram boa performance. No caso dos fundos de ações, a maioria dos fundos superou o Ibovespa, que perdeu 0,67% no mês.

De forma geral, seguimos otimistas com o cenário local e preocupados com o internacional!