EXTRATO SETEMBRO

Na nossa opinião, a grande surpresa do último dia 7 de Outubro foi a renovação no Senado (84%) e na Câmara dos Deputados (52%). O que parecia pouco provável acabou acontecendo, seja pela via do clamor por políticos e políticas novas, seja pela exaustão do modelo da velha política e de políticos que há décadas se tornaram figuras “intocáveis” no desgastado cenário político brasileiro. A composição fragmentada e pulverizada nas duas casas do Poder Legislativo vai demandar, por parte do próximo presidente, muita habilidade para negociar e aprovar reformas. Por outro lado, a ausência de grandes blocos oposicionistas, gera um ambiente propício para aprová-las logo no início de 2019.

Se o próximo governo tiver como prioridade o compromisso com a agenda de reformas, aumentam as chances para um ciclo econômico benigno, com a retomada da confiança, seguida de novos investimentos, emprego, renda, crédito, consumo…

Apesar da valorização de 3.48% do Ibovespa no mês e da valorização do real frente ao dólar de 3.18%, percebemos que tanto os gestores Macro como os gestores de Renda Variável vinham com posições reduzidas e com proteções para absorver movimentos abruptos. Isto explica a dispersão de resultados, que no geral ficaram levemente positivos, mas aquém dos seus respectivos benchmarks.