COMENTÁRIO ABRIL | 2019

Mais um período bastante volátil, especialmente pelo desdobramento dos temas locais, com destaque para a aprovação da admissibilidade do texto da reforma da Previdência na CCJ. Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, foi o grande expoente desta etapa. Destacou-se pela responsabilidade de negociar com o chamado “Centrão”, mas principalmente por abraçar a causa da Nova Previdência e defender a tese que o Executivo deveria fazer o mesmo de forma mais enfática, além de fazer um trabalho mais próximo junto aos parlamentares, o que entendemos ser o único caminho para o Executivo conseguir aprovar uma boa reforma. As condições ainda são favoráveis, mas o Executivo não tem se mostrado competente o suficiente para conduzir o processo de negociação e articulação política de forma eficaz. Na dúvida, os agentes de mercado vão preferir aguardar e acompanhar de perto cada movimento deste processo, que deverá perdurar pelo menos até o final do primeiro semestre.

O Ibovespa oscilou bastante no mês e terminou com variação positiva de 0,98%. O real se desvalorizou mais 1,25% frente ao dólar, que fechou o mês cotado a R$ 3,94/USD.

De forma geral, as carteiras com maior exposição a risco tiveram um mês positivo. Com poucas exceções, os fundos multimercados apresentaram bons resultados, o mesmo ocorrendo para os fundos de renda variável.

Estamos adotando uma postura mais cautelosa nas carteiras, para enfrentar o período de volatilidade – bem como as oportunidades – que o mercado deve oferecer nos próximos meses.